Trata-se da presença de germes patogênicos na urina os quais uma vez instalados desencadeiam uma resposta inflamatória reacional danosa ao paciente. A infecção urinária de origem bacteriana é tida como a doença infecciosa mais comum no ser humano, sendo ultrapassada em número apenas pela gripe de origem viral.
Essas bactérias podem se multiplicar com o passar do tempo enquanto um tratamento adequado não é instituído. Deste modo, elas estão aptas a atingir qualquer nível do aparelho urinário – desde a bexiga, causando as conhecidas cistites; até os rins, provocando quadros graves como pielonefrites e abcessos renais.
A colonização de microorganismos no trato urinário pode ser facilitada por diversos fatores, tais como:
Obstrução urinária
Próstata aumentada, estenose de uretra
Doenças neurológicas
Mielomeningocele, traumatismo de coluna
Corpo estranho
Sonda vesical, cálculo urinário (pedra nos rins)
Pacientes imunológicamente deprimidos
HIV, câncer, diabetes mal controlado
Quando o rim está envolvido, além dos sintomas descritos, poderão ocorrer dor lombar, febre com calafrios, náuseas/vômitos e mau estado geral. Em todos os casos a urina poderá se tornar fétida, opaca ou escura.
O diagnóstico é confirmado por exames de urina e de imagens (ultrassom, tomografia), quando indicados.
O tratamento consiste em medidas gerais (ingestão de líquidos, repouso, cuidados de higiene) e na escolha precisa de antimicrobianos, geralmente baseada na urocultura (exame de urina). A gravidade dos sintomas também influi na escolha da medicação, sendo que em alguns casos há necessidade de internação hospitalar para melhor controle do paciente e para administração venosa de antibióticos.
Concluindo, o melhor tratamento ainda é a prevenção, que consiste em boa ingesta de líquidos (2 a 3 litros por dia), hábito intestinal regular, urinar com frequência e após relações sexuais, evitar banhos de imersão ou duchas verticais e cuidados com a higiene.