A SBD é caracterizada pela presença de dor pélvica crônica relacionada ao trato urinário (piora ao enchimento e melhora ao esvaziamento vesical). Estatísticas americanas apontam aproximadamente 500 mil portadores de tal condição nos Estados Unidos, sendo que 90% destes são do sexo feminino.
A etiopatogenia de SBD ainda é controversa. A principal hipótese é a disfunção do epitélio do trato urinário com descontinuidade de glicosaminoglicanos (GAG). Assim, a submucosa vesical estaria exposta às substâncias presentes na urina, como por exemplo, o potássio ou ainda as toxinas e/ou drogas citotóxicas.
O diagnóstico desta síndrome é de exclusão, pelo fato de apresentar sintomas inespecíficos que podem estar presentes em inúmeras condições clínicas outras, como endometriose e câncer de bexiga, por exemplo. Entretanto, o urologista pode lançar mão de métodos diagnósticos direcionados (cistoscopia, urodinâmica, teste terapêutico) a fim de corroborar a suspeita clínica.
Para tratá-la, recomenda-se evitar alguns alimentos e bebidas: comidas apimentadas, álcool, café, banana, frutas cítricas e adoçantes artificiais, além de reeducação vesical (micções predeterminadas em intervalos iguais para não chegar a sentir urgência miccional e aumentar o intervalo das micções semanalmente em até 3 a 4 horas). Abstenção ao tabagismo também mostrou-se útil.
Adicionalmente, existe uma ampla gama de medicações que podem ser usadas tanto de maneira sistêmica (via oral) como tópica (instilação vesical), devendo ser orientada por médicos com experiência neste tipo de condição.
A cirurgia fica reservada a casos de exceção, sendo raramente indicada.