Os cânceres do trato urinário superior são doenças raras, correspondendo a 5% das neoplasias genitourinárias. São mais comuns na sexta década de vida e incidem três vezes mais em homens. Os principais fatores de risco são o tabagismo, abuso de analgésicos, cálculos renais extensos e infecções crônicas. É particularmente comum na região dos Balcãs (Mediterrâneo).
O diagnóstico baseia-se em exames de imagens. Classicamente, a urografia excretora demonstra uma falha ocasionada pela lesão, porém este exame vem sendo substituído com vantagens pela Tomografia Computadorizada. É imperativo a avaliação da bexiga através de cistoscopia (endoscopia urinária) antes do tratamento definitivo.
No caso do câncer de pelve renal, o tratamento padronizado é a retirada total do rim e ureter até a bexiga (Nefroureterectomia), atualmente realizada por Videolaparoscopia com vantagens frente à cirurgia convencional quanto à dor e retorno às atividades. Ocasionalmente, pode-se optar por métodos endoscópicos ou ressecções somente da lesão em casos de rim único e/ou lesões pequenas.
Tratando-se de ureter, pode-se tentar retirada parcial do órgão ou tratamento endoscópico com laser, porém em casos de tumores extensos ou recidivas, a Nefroureterectomia torna-se necessária. O acompanhamento deve ser rigoroso pelo risco de recidiva em bexiga e trato urinário contralateral.